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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Lísis
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Durante o diálogo, Sócrates e Menexeno exploram diferentes definições de amizade. Qual é a conclusão que eles alcançam ao final do diálogo?
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Eles concordam que a amizade é baseada exclusivamente no prazer mútuo.Esta opção está incorreta. Se Sócrates e Menexeno tivessem concordado que a amizade é baseada exclusivamente no prazer mútuo, o diálogo teria uma conclusão simplista, mas a complexidade dos diálogos de Sócrates está no reconhecimento de que tais simplificações não capturam toda a essência das ideias humanas, como a amizade. A amizade é um conceito multifacetado, que eles exploram, mas reconhecem a dificuldade de chegar a um consenso em definições limitadas.
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Eles alcançam uma resposta definitiva sobre a natureza da amizade.Esta opção está incorreta. No diálogo entre Sócrates e Menexeno sobre a amizade, eles não chegam a uma resposta definitiva. Um dos métodos utilizados por Sócrates, o método socrático, muitas vezes não gera uma conclusão definida, mas provoca reflexão e reconhecimento de complexidades. Neste diálogo, eles navegam por várias ideias e definem possibilidades, mas o desafio de definir a verdadeira essência da amizade permanece sem uma solução precisa.
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Eles determinam que a amizade só pode existir entre pessoas de mesma idade.Esta opção está incorreta. O diálogo não conclui que a amizade só pode existir entre pessoas da mesma idade. Esse tipo de conclusão seria facilmente refutável, uma vez que a amizade é um conceito que pode transcender diferenças de idade de diversas maneiras. O diálogo de Sócrates tende a investigar tais questões em profundidade e de maneira crítica, reconhecendo a variação na interpretação e vivência da amizade.
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Eles apresentam uma lista exaustiva de critérios para determinar a verdadeira amizade.Esta alternativa está incorreta. Sócrates e Menexeno não criam uma lista exaustiva de critérios para determinar a verdadeira amizade. O método socrático, com questionamentos e explorações de hipóteses, busca a compreensão através de diálogo e reflexão, mas raramente conclui o pensamento com uma lista sistemática de critérios. O objetivo é explorar ideias e perceber limitações e complexidades delas, ao invés de definir listas completas.
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Eles enfrentam dilemas e impasses, sem chegar a uma conclusão definitiva.Esta é a resposta correta. O diálogo termina com dilemas e impasses, característicos dos diálogos socráticos. Sócrates muitas vezes utiliza este método para expor a complexidade dos conceitos, encorajando a reflexão em vez de fornecer respostas. Neste caso, o diálogo sobre amizade destaca como a busca por definições pode levantar mais perguntas do que soluções, ilustrando a dificuldade em definir a natureza da amizade de maneira clara e definitiva.
Qual é a primeira definição de amizade apresentada no diálogo?
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A amizade é fundamentada no prazer.Aristóteles, por exemplo, ao discutir sobre amizade, menciona que existem amizades baseadas no prazer, especialmente entre os jovens, que buscam o prazer mútuo. Mas novamente, essa não é a primeira definição e nem a mais louvável. A amizade fundamentada no prazer não é a forma ideal de amizade nos textos clássicos, é apenas uma das classificações possíveis.
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A amizade não precisa ser recíproca para ser amizade.Incorrreta. Essa alternativa está enganada sobre a amizade, pois, para a maioria dos filósofos que discutiram o conceito, como Aristóteles, a amizade genuína exige reciprocidade. Ou seja, ambas as partes devem ter algum tipo de retorno ou mutualidade na relação para que seja realmente considerada amizade. A reciprocidade é o que distingue relações mais profundas de formas mais superficiais de interação social.
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A amizade é baseada na necessidade mútua.A amizade baseada na necessidade mútua é um tipo de amizade, mas não a primeira definição que encontramos em diálogos filosóficos clássicos como os de Aristóteles. Aristóteles mencionou a amizade utilitária, onde duas pessoas são amigas porque cada uma oferece algum tipo de benefício à outra. No entanto, ele não considerava essa a forma mais elevada de amizade, apenas um tipo específico.
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A amizade é fundamentada no bem.Essa explicação é mais confusa e pode levar ao entendimento errado da questão. Aristóteles fala sobre amizade fundamentada no bem como uma das formas mais nobres de amizade. Nesse tipo de amizade, as pessoas se apreciam mutuamente pelo caráter e pelos valores, não por benefícios externos ou prazer.
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A amizade é baseada na sabedoria e na virtude.Embora Aristóteles valorize bastante a sabedoria e a virtude, ele não define a amizade exatamente nesses termos em suas classificações. Amizade, para filósofos que falam sobre sabedoria e virtude, como os estoicos, pode estar relacionada à sabedoria e virtude, mas não é a primeira definição ou a mais comumente apresentada em diálogos clássicos como o de Aristóteles. A verdadeira amizade, para Aristóteles, é mais sobre virtude e bem do que sabedoria em si.
No diálogo Lísis, Sócrates afirma:
"Acontece que desde criança eu desejo um certo bem, assim como outras pessoas desejam outros bens. Com efeito, um deseja possuir cavalos, outro cães, outro ouro, e ainda outro honra, mas eu não me interesso muito por essas coisas. Contudo, quando se trata de obter amigos, sinto um ardente desejo, e preferiria ter um bom amigo a ter a mais bela codorna ou o mais belo galo do mundo, e sim, por Zeus, até mesmo um cavalo ou um cão! Creio que – pelo cão! – eu escolheria sem sombra de dúvida antes um companheiro do que o ouro de Dario, ou mesmo o próprio Dario; eis a minha paixão por fazer amigos."
"Acontece que desde criança eu desejo um certo bem, assim como outras pessoas desejam outros bens. Com efeito, um deseja possuir cavalos, outro cães, outro ouro, e ainda outro honra, mas eu não me interesso muito por essas coisas. Contudo, quando se trata de obter amigos, sinto um ardente desejo, e preferiria ter um bom amigo a ter a mais bela codorna ou o mais belo galo do mundo, e sim, por Zeus, até mesmo um cavalo ou um cão! Creio que – pelo cão! – eu escolheria sem sombra de dúvida antes um companheiro do que o ouro de Dario, ou mesmo o próprio Dario; eis a minha paixão por fazer amigos."
A partir desse trecho, é possível concluir que .
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Sócrates demonstra interesse em aprender sobre a natureza da amizade, já que a deseja ardentemente.Correto! Durante o diálogo, Sócrates expressa um grande desejo por amigos, priorizando-os acima de bens materiais e outros desejos comuns. Este desejo ardente demonstra seu interesse de entender a verdadeira natureza da amizade. Sócrates muitas vezes discute conceitos amplamente reconhecidos, como a amizade, para explorar e aprender sobre sua essência mais profunda. Portanto, essa alternativa está correta porque Sócrates deseja aprender mais sobre o significado da amizade.
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Sócrates acredita que o verdadeiro significado da vida é encontrar amigos que compartilham dos mesmos interesses materiais.Incorreto. Sócrates não sugere que a amizade deve se basear em interesses materiais compartilhados. Na verdade, ele expressa o desejo de ter amigos que ele valoriza mais do que bens materiais, sugerindo que a amizade é um valor mais elevado para ele e não apenas baseada em interesses materiais comuns.
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Sócrates, apesar de valorizar a amizade, não consegue estabelecer laços com outras pessoas facilmente.Incorreto. O texto não sugere que Sócrates tem dificuldades em formar amizades. Na verdade, ele expressa um desejo intenso de ter amigos, mas isso não implica que ele seja incapaz de fazer amizades. A discussão enfatiza sua inclinação a valorizar a amizade acima de bens materiais, mas não menciona nenhuma dificuldade em estabelecer laços com outras pessoas.
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Sócrates considera que a amizade é uma habilidade inata e não pode ser aprendida ou desenvolvida.Incorreto. Sócrates não discute em nenhum momento que a amizade seja uma habilidade inata ou impossível de ser aprendida ou desenvolvida. Ele foca mais em seu desejo de ter amigos e em como valoriza a amizade. A filosofia socrática frequentemente gira em torno da ideia de que valores e virtudes podem ser desenvolvidos através do diálogo e da busca pelo conhecimento.
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Sócrates vê a amizade como uma forma de adquirir poder e influência sobre os outros.Incorreto. Sócrates não diz que vê a amizade como um meio de adquirir poder ou influência sobre os outros. Pelo contrário, ele a valoriza por si mesma, acima de riquezas e posses materiais. A amizade, para Sócrates, parece ser um fim em si mesma e não um meio para fins políticos ou de influência.
No diálogo Lísis, qual é a ideia central relacionada à amizade que é explorada através das perguntas e respostas entre Sócrates e Menêxeno?
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A amizade só pode ocorrer entre pessoas da mesma cultura e origem.Essa alternativa é incorreta. Platão não limita a amizade a pessoas da mesma cultura e origem. Em seus diálogos, ele frequentemente busca questionar noções preconcebidas e oferecer visões universais que transcendem barreiras culturais e de origem.
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A amizade ocorre apenas entre pessoas com interesses similares.Essa alternativa também está incorreta. Platão explora a amizade em um sentido mais profundo do que apenas interesses similares. A discussão entre Sócrates e Menêxeno busca entender o que realmente sustenta a amizade verdadeira, que vai além de interesses ou vantagens comuns.
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A amizade não pode existir entre pessoas com diferentes opiniões políticas.Esta alternativa está incorreta. No diálogo Lísis, a possibilidade de amizade transcende diferenças de opiniões políticas. A busca de Sócrates é entender a verdadeira essência da amizade, que não é necessariamente barrada por divergências políticas.
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A amizade é uma relação hierárquica onde uma parte domina a outra.Esta alternativa está incorreta. No diálogo Lísis, Platão investiga a amizade por meio de diálogos que buscam compreender a natureza dessa relação, mas não a descreve como hierárquica. Em vez disso, procura entender a essência da amizade, frequentemente questionando se ela é baseada em necessidades mútuas, sem falar em dominação.
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A reciprocidade na amizade e o papel do amante e do amado.Esta é a alternativa correta. Platão investiga a reciprocidade na amizade e a dinâmica entre o amante e o amado, tentando compreender como essas relações funcionam. Ele questiona se a amizade é senciente por amor, necessidade ou por alguma forma de utilidade mútua, destacando a complexidade dessas associações.
No diálogo Lísis, Sócrates apresenta o seguinte exemplo:
"Então, o amado é amigo do amante, segundo parece, Menêxeno, quer ele o ame, quer o odeie. É o caso das crianças muito novas: umas ainda nem amam, enquanto outras já odeiam, como quando são castigadas pela mãe ou pelo pai. Entretanto, ainda que sintam ódio naquele momento, são os entes mais queridos aos pais."
"Então, o amado é amigo do amante, segundo parece, Menêxeno, quer ele o ame, quer o odeie. É o caso das crianças muito novas: umas ainda nem amam, enquanto outras já odeiam, como quando são castigadas pela mãe ou pelo pai. Entretanto, ainda que sintam ódio naquele momento, são os entes mais queridos aos pais."
Tal exemplo é usado pelo filósofo para mostrar que:
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O conceito de amizade não se aplica nas relações entre pais e filhos, já que existe uma desigualdade de autoridade entre eles.Ao usar o exemplo da relação entre pais e filhos, o objetivo de Sócrates não é retirar o conceito de amizade dessas relações devido à desigualdade de autoridade, mas sim ilustrar a complexidade emocional nelas envolvida. A afirmação de que o conceito de amizade não se aplica é, portanto, enganosa. Ele está tentando mostrar que essas emoções complexas podem fazer parte de qualquer relação de amizade, e não que não haja amizade nesse contexto. Então, a alternativa está incorreta.
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A amizade é algo que pode ser facilmente estabelecido entre pais e filhos, independentemente do comportamento das crianças.Esta alternativa sugere que a amizade é facilmente formada entre pais e filhos. No entanto, o ponto que Sócrates parece destacar é sobre a complexidade das emoções, como amor e ódio coexistindo. Não é apenas sobre facilidade ou dificuldade, mas sobre nuances emocionais. Portanto, essa alternativa está incorreta, pois simplifica o conceito de amizade entre pais e filhos e não captura a complexidade que Sócrates está mostrando.
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A relação entre pais e filhos pode ser usada como um modelo ideal para entender a verdadeira natureza da amizade.Esta alternativa sugere que a relação entre pais e filhos é um modelo ideal para a amizade, mas Sócrates está mais focado em demonstrar como essa relação contém elementos complexos de sentimentos mistos e não necessariamente como um exemplo ideal. Sendo assim, a alternativa está incorreta, pois o ponto central de Sócrates é a coexistência do amor e ódio, não a idealização da relação.
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A amizade é incondicional e não depende das ações ou sentimentos das pessoas envolvidas.Essa alternativa apresenta a amizade como incondicional e independente das ações ou sentimentos, mas o exemplo de Sócrates sugere que realmente há uma complexidade emocional — com presença de amor e ódio — sem afirmar que isso torna a amizade incondicional. Portanto, enquanto ele discute a coexistência de emoções diferentes, não está afirmando que isso representa uma amizade incondicional. Por isso, está incorreta.
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O amor e o ódio podem coexistir na mesma relação, tornando a definição de amizade mais complexa.Correto. Sócrates, no exemplo dado, está mostrando como sentimentos aparentemente opostos, como amor e ódio, podem existir juntos nas relações, especialmente usando a dinâmica entre pais e filhos como exemplo. Este exemplo complica a visão simplista de amizade como algo somente positivo, indicando que uma relação pode ser marcada por ambos os sentimentos e ainda conter amizade.
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